Raya e o Último Dragão

Por - abril 26, 2021

Kumandra era um reino mágico, fértil e feliz onde humanos e dragões viviam em paz e harmonia. Um verdadeiro paraíso na terra, até o dia em que os Druun seres malignos, uma praga talvez, surge do nada alastrando fogo por todo canto e transformando tudo e todos em pedra. Os dragões acabam se sacrificando para salvar a humanidade, porém 500 anos depois os Druun retornam destruindo tudo novamente. Spoiler: a culpa foi dos humanos, viu. Ai ai os humanos. E é aí que entra em cena Raya, uma Princesa guerreira, que precisa encontrar o último dragão vivo para acabar com a praga novamente.  

Ai como eu amo o fantástico mundo do 3D que deixa as animações com esse ar super realista. Gente do céu a vegetação de Kumandra parece real mesmo, eu fico chocada. Aliás, tudo parece muito real, é lindo demais. Kumandra é esse continente onde se passa toda a história de Raya e o Último Dragão. É dividido por cinco terras que são interligadas por um rio em forma de dragão, inclusive o nome desses lugares é uma referência ao corpo do animal: presa, coração, garra, coluna e cauda. O mais interessante é que cada terra tem suas próprias características, suas crenças, comida, vestimentas, o seu próprio jeito de lutar. Imagina uma série explorando todo esse universo de Kumandra? Ia ser tudo, né?  
A produção foi inspirada no Sudeste Asiático, e elementos culturais dos países como Laos, Tailândia, Malásia, Indonésia, Vietnã, Cingapura e Camboja, por isso temos uma diversidade nos tons de pele, tamanhos e formas dos personagens. 


Raya com certeza entrou para meu top três heroínas preferidas. Diferente de outras princesas, aqui temos uma guerreira que não está numa jornada para descobrir quem é. Deixando de lado a doçura e o otimismo, temos uma protagonista amargurada que não confia em ninguém devido a traumas do passado. Raya é forte, bem treinada e está focada em cumprir sua missão. Outra personagem que conquistou meu coração é o dragão Sisu. Divertida e carismática traz muitos momentos de alívio cômico para a história. E eu acredito que ela também é a principal condutora para fazer Raya entender que ainda é possível sim acreditar nas pessoas e o bem que isso pode nos fazer. Confesso que a aparência dela como dragão não me impressionou muito, achei bem estranho,  gosto mais da versão humana e já quero uma boneca dela aqui em casa. 
Eu ainda fico impressionada em como algumas produções contrastam tanto com o mundo real, principalmente se tratando de animações. Em um mundo com uma praga que se alastra na velocidade da luz vemos personagens tendo que lidar com o luto e os traumas que essa destruição lhes causaram. Enfim, uma mensagem poderosa que às vezes precisamos enfrentar nosso medo, nos abrir para o novo e acreditar que confiança é um bem valioso e que pode trazer bons frutos. E que a união entre os povos é poderosa demais. 


Fotos: Divulgação/Walt Disney Animation Studios

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